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domingo, 8 de novembro de 2015

Infância na visão dos teoricos - vygostsky, piaget

Na minha infância não tinha tantos brinquedos como as crianças de hoje e, por isso, tinha que usar mais a criatividade para criá-los.
Usavam tocos de madeira, pedrinhas, legumes e palitos para fazer animais, além de brincadeiras como amarelinha, cinco Marias, bolinha de gude, cantigas de roda, passa anel, roda pião, empinar pipa, dentre várias outras e, assim, se divertiram por décadas e décadas.
As boas vivências que a criança compartilhar com seus familiares a partir de então vão moldando o seu desenvolvimento. Inicia-se nesta fase o aprendizado das regras de convivência: o que pode e o que não pode, o que é seu e o que é do outro, entenderá que tem sua oportunidade para falar e deve respeitar quando outro o faz, e assim por diante. É um longo processo que parte das situações mais elementares para as mais complexas. No decorrer deste processo, a criança percebe a necessidade de aprender a cuidar-se e, então, fazer as coisas por conta própria. Inicia-se a percepção de que seus desejos nem sempre serão atendidos; que muitas vezes terá que tolerar o fato de não ser atendido ou de não conseguir o que pretende - mesmo que esteja tentando por suas próprias iniciativas.
Nestas oportunidades, a criança estará lidando com seus sentimentos de frustrações, inicialmente desagradáveis, mas muitas vezes úteis e de grande importância para seu desenvolvimento emocional. Ela deverá contar sempre, e principalmente, com a disponibilidade de seus pais, para juntos facilitarem esta caminhada de crescimento emocional.
Por outro lado, quando este processo ocorre de modo inadequado pela não atuação e participação dos pais, a criança não consegue estruturar as melhores condições para lidar com as suas emoções. Poderá se tornar pouco habilidosa para administrar as adversidades naturais do dia a dia, desenvolvendo uma baixa tolerância à frustração, além de comportamentos desviantes e que irão prejudicá-la no seu desempenho como ser social. Isso não favorece ajustes nos seus relacionamentos futuros e gera sensíveis prejuízos no seu desempenho como pessoa.
O desenvolvimento cognitivo da criança é resultado de sua interação com o meio e à medida que ela se desenvolve biologicamente, as estruturas mentais, esquemas de ação cognitiva, permitem uma construção e reconstrução do conceito adquirido do objeto de interação.
 Nessa perspectiva, citamos a abordagem sócio interacionista, que entende o desenvolvimento intelectual da criança intrinsecamente ligado às interações com o seu meio social. Vygotski (2002) aponta a família como o primeiro grupo social que a criança pertence e é na família que ela adquire a linguagem, condição básica para o processo de socialização e aquisição de cultura.

 Com efeito, a aquisição de conceitos, valores, linguagem e o próprio conhecimento são produzidos pelo processo de internalização de materiais simbólicos na criança que ocorrem a partir de suas interações sociais. Este é um processo que se constrói de fora para dentro, mediados pelas relações intra e interpessoais – na troca com outros sujeitos e consigo próprio – que vão se constituindo em significados, orientando a compreensão de papéis e funções sociais, o que permite a formação de conhecimentos e da própria consciência na criança (VYGOTSKI, 2002).
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